terça-feira, 15 de setembro de 2009

Meu Momento



Sigo os meus próprios passos
Sigo-os sem pensar no futuro
Sei disso porque sei o que faço
E nunca dou de cara no muro

Quando a última gota cair
Não estarei perto
Porque eu prefiro sorrir
Do que boiar em mar aberto

E se por acaso eu ficar cansado
Lembrarei que sempre terei motivação
Alguém estará ao meu lado
Mantendo as batidas no meu coração

Escuto todo tipo de som
Apenas alguns me atingem
Mas sei quais são ruins e quais são bons
Eles pensam que não sei que eles fingem

Preso neste quadrado de barulho
Sei que o silêncio não vai chegar
Todos esses atiradores de pedregulhos
Esperando para me machucar

Na grande maré da solidão
Nada se destaca
Parece que tudo é em vão
Vozes medíocres e fracas


Não vejo motivo para ficar aqui
Não sinto nem vontade
Quero sair daqui
Que grande dificuldade

Sinto uma imensa fome
Fome de tirar este vazio
Não é gritando um nome
Que acabarei esse desafio

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Imensidão



Através da vasta estupidez humana
Eu vejo o que muitos não vêem
Os velhos macacos atrás de banana
E com eles, o homem das cavernas também

Através da imensa nuvem de ódio
Eu vejo tudo o que os afeta
O estresse causado pelo ócio
Sem curvas, nem desvios, apenas retas

Através da densa floresta de egoísmo
Eu vejo o que para eles interessa
Malditos cultivadores de seus “ismos”
Para os problemas alheios não há pressa

Através da ampla hipocrisia
Eu vejo a impressionante falsidade
Uma vida de mentira, apenas vazia
Eles não conhecem a felicidade

Mas através dessa brisa que me acalma
Percebo que sou o único que me salvo
Tiro de dentro o atma da minha alma
E provo que não sou apenas mais um alvo