quarta-feira, 3 de março de 2010

A Cidade de São Paulo


Bom galera (que não existe porque ninguém lê meu blog) depois de muito tempo venho postar algo de minha autoria aqui. Baseado em viver na caótica cidade de São Paulo, a minha poesia homorística é uma das melhores que já fiz. Apreciem (ou não)


São Paulo

Fiquei o dia inteiro trabalhando feito um louco
Agora tudo o que eu quero descansar um pouco
Saio do trabalho ao final do expediente
No trânsito eu me estresso com esse bando de gente

Saio às 5 da tarde e pego a Faria Lima
O trânsito já ta infernal, todo mundo buzinando.
Ainda tenho que passar na Rebouças pra buscar a minha prima
Que está no meio da chuva, molhada e me esperando

O trânsito parado por toda a Rebouças
Minha prima no carro tentando se secar
Procurando a maquiagem que está na bolsa
E assim ela também começa a se estressar

A Henrique Schauman está congestionada
Na Consolação tem carro por todos os lados
E eu ouvi no rádio que a Paulista ta interditada
E a minha última opção é pegar Dr. Arnaldo

O túnel para Dr. Arnaldo estava bloqueado
Então fui obrigado a ir em direção ao Pacaembu
Vejo um motoqueiro atropelado
E no fundo alguém grita “vai toma no cú”

Ouço no rádio um ato de má fé
E penso “Só pode ser brincadeira”
Um cara foi atropelado no final da Sumaré
Ele só estava indo no jogo do Palmeiras

Chego em casa ofegante
E mais uma notícia de amargar
Na Marginal sentido Bandeirantes
O trânsito está de matar

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

O Blackout Humano



Terça feira, dia 10 de novembro de 2009. Eu estava em casa assistindo um de meus seriados favoritos. Lá por volta das 10h20min da noite tudo estava normal até que todas as luzes da casa se apagam. Poucos segundos depois, ela volta e fica piscando por alguns segundos até que se apaga completamente.
Peguei uma vela com meus pais que também se preveniam contra a escuridão. Ligamos para meu irmão para avisá-lo da falta de luz. Quando meu pai desliga o telefone, ele diz que meu irmão já sabia, pois seus amigos também foram ávidos do mesmo fato. A notícia de que o blackout dominava a cidade de São Paulo me fez perceber que não havia mais esperança de eletricidade naquela noite.
Com uma pequena vela em chamas, peguei minha câmera digital e deixei filmando a vela. Ao lado da câmera fiquei tocando violão e recitando uma poesia em inglês improvisada. Um tanto bizarro diante da falta do que fazer. Mas foi um momento de inspiração em Jim Morrison.
Olhei no relógio. 11h00min da noite. Peguei um dos blocos de yoga, sentei e ao som irritante do alarme de carro em algum canto não muito distante comecei a meditar. Passados uns 20 minutos, meu irmão chegou em casa com a notícia de que estava sem luz no Brasil inteiro.
Ficamos discutindo algumas conseqüências como lojas e bancos que poderiam ser facilmente assaltados já que, não tocaria o alarme e por aí vai. Quando eu olhei no relógio e vi que era meia noite, decidi ir dormir.
No momento em que deitei na cama, minha mente viajou em pensamentos. Em primeiro lugar: Como pode o Brasil, querer ser uma grande potência nesse mundo, se do nada acaba a eletricidade no país INTEIRO? Depois fiquei pensando se seria necessário acabar a luz para eu me sentir motivado para ir meditar.
Finalmente um último pensamento passou pela minha mente. A humanidade sem eletricidade é como o ser humano sem um cérebro. Tudo fica vazio, tudo deixa de funcionar, e não adianta entrar no constante desespero pois não há nada que possamos fazer. Acho que a vida dos homens das cavernas era melhor. Eles não tinham eletricidade e viviam bem com isso. Viviam no meio da natureza e a única obrigação que tinham era caçar. Na verdade a única coisa mais sofisticada que eles tinham era o fogo.
A falta de eletricidade nos deixa cego. Isso é a prova mais viva de como somos escravos da tecnologia, como tudo é eletrônico, tudo funciona à base da eletricidade, sem elas não somos nada. Não vou nem mencionar as analogias do apagão com o famoso “21 de dezembro de 2012”, o apocalipse. Mas se em algum momento o ser humano está em guerra com as máquinas, mesmo se essa guerra não acabou, nós já perdemos. E ai?


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Com Você


Se o mundo parar de girar
Venha para os meus braços
Porque eu irei te segurar
Não deixarei você ir para o espaço

Se os mares inundarem a terra
Eu irei te proteger
Porque mesmo na pior das guerras
Esse é o meu dever

Se formos engolidos pela escuridão
Não fique assustada
Eu segurarei sua mão
Para deixar você acalmada

Se ficarmos sozinhos no mundo
Você terá a mim
Ficarei com você cada segundo
Até que chegue o fim

domingo, 8 de novembro de 2009

I'm In Love With You



I know you live far away from me
But I’m doing hard to hide
Hide this feeling that should be free
I hate this side

White cloud I’m in
You’re blind so you cannot see
Your feelings is a punch on my chin
I’m trying to be thinks I cannot be

Please be sure this time
Would kill me if you hurt yourself again
I’m trying to walk in the line
Please, I wanna be more than friend

Distance tear us apart
It can’t be ignored like this
Your eyes shining like an star
Kill me the fact that I’m away from your kiss

I want you in my arms
Looking into my eyes
Cause I’ll never do you no harm
Just you with me, and feel in the sky

Think about you all the weekend
Wishing you were with me at night
Or around the next bend
Is what it’s going on in my mind

It's with you I want to stay
Come to me where there's no fear
I know you're far away
But I'll pretend to hug you until you get here

terça-feira, 27 de outubro de 2009

História de Ninar


Desde pequeno, nossos pais nos contam histórias de contos de fada, princesas, violões e tudo mais. Isso sempre foi uma tradição na vida de toda criança. Quem nunca escutou a história da Rapunzel, da Bela Adormecida, da Branca de Neve e por aí vai. Mas o que ninguém nunca parou para pensar foi que essas histórias só existem em livros estão longe da nossa realidade e mais, elas deveriam se adaptadas para o dia de hoje para que nossas crianças enxerguem um pouco melhor a realidade.
Para começar, em vez de toda história ter um príncipe e uma princesa, uma bruxa, começar com “era uma vez” e terminar com “viveram felizes para sempre” elas deveriam ser mais baseadas em fatos reais. Por exemplo. Imagine-se com uns 7 anos de idade e você pede para sua mãe contar uma história para dormir e ela, com aquela voz doce de mãe começa:

- Era uma vez um alemão chamado Adolph Hitler. Ele desenhava muito bem, mas os malvados da escola de arte não aceitaram seus desenhos. Por isso, ele decidiu matar todos os judeus, se tornar o maior ditador que já existiu e reerguer a Alemanha e causar a 2ª Guerra Mundial.

Um tanto interessante. Outra história bizarra é a da Rapunzel. Seu cabelo cresce metros, e só Deus sabe como e o joga da torre para o príncipe escalar e salvá-la. Se essa história fosse contada hoje, seria algo como:

- Era uma vez uma mulher chamada Rapunzel, ela tinha sido presa por porte de maconha e por isso estava na cela mais alta da prisão. Ela tinha fumado tanto que acreditava que seu cabelo era gigante e para tentar vender mais, ela jogava seus cabelos para que os outros prisioneiros pudessem chegar até ela.

E na história da Branca de Neve há um grande erro. Ninguém nunca parou para pensar que o vilão da história não era a Rainha e sim o espelho. No começo da história ela pergunta ao espelho “Espelho espelho meu, existe alguém mais bela do que eu?”. Ele poderia ter dito algo como “Alguém mais bela que você? Ma-gi-na né amiga! Você é a mulher mais linda e poderosa, fica na sua!”, mas, ao invés disso ele diz “É, tem sim, aquela perua da Branca que vive com salário mínimo na periferia do bosque, vai lá matar ela” ou seja, nossas crianças aprendem a matar quem é mais bonita que elas?
Tem também a Bela Adormecida. Para começar, ela já se fode na vida ainda jovem. A bruxa a amaldiçoa “Antes do por do Sol de seu décimo sexto aniversário...”. Quer dizer, a menina é menor de idade, virgem e já destroem a vida dela. E a maior prova de que a história dela é uma má influência.
A história da Cinderela também é a maior besteira do mundo. Como que alguém pode se maravilhar com uma empregada virando a princesa da história? Isso sem falar no nome dela, uma empregada jamais teria um nome desses, o nome título poderia ser algo como “Valquíra, a gata borralheira” e a história seria assim: “Era uma vez uma mulher chamada Valquíria, ela era empregada doméstica. Um dia, as baratas da cozinha que eram suas amigas costuraram um avental feito de restos de comida para ela ir ao encontro anual de empregadas, onde ela conheceu Washington, ex-presidiário que ela se apaixonou. Ele colocou nela um tênis falsificado da “Mike” que ele comprara na 25 de março e eles viveram felizes para sempre na Favela da Rocinha”
E até mesmo quando a o conto não envolve princesas e todos os outros clichês, o enredo é uma porcaria. “João e Maria” é um exemplo perfeito disso. Eles foram tão burros que fizeram uma trilha de migalhas de pão e foram parar numa casa feita de doces onde a bruxa os prendeu lá. Hoje em dia essa fábula seria algo como: “Luis e Amanda saíram pelas ruas de São Paulo para acharem um Motel para treparem a noite toda. Se perderam no caminho pois seu GPS estava sem bateria. Foram parar em Capão Redondo onde foram seqüestrados e mantidos em cativeiro na casa de um traficante que queria vender doces (LSD).
ior que essa, só a Chapeuzinho Vermelho. Como que alguém não reconhece sua própria avó? Primeiro que ao chegar na casa da avó, ela veria o sangue pelo chão e os sinais de luta pela casa segundo que retardada não saca que tem a porra de um lobo, um bicho peludo, fedorento e com orelhas pontudas, e que ainda por cima aquela porra fala.
E não é só nas fábulas. Há alguns exemplos de músicas para ninar. “Nana neném, que a Cuca vem pegar. Papai foi pra roça, mamão foi trabalhar.” Como que nossos pais esperam que a gente durma? Sabemos que a Cuca bem pegar, isso é uma merda mas ainda dá para segurar, mas um foi para a roça e a outra foi trabalhar? Ou seja, me dê uma arma que eu vou ficar de vigia.
Cravo e a Rosa também é um exemplo disso. É um casal que se ama, mas brigam e nunca mais se falam. Isso explica porque a taxa de divórcio é tão alta.
E aquela música da casa? “Era uma casa muito engraçada, não tinha teto não tinha nada. Ninguém podia entrar nela não porque na casa não tinha chão. Ninguém podia dormir na rede porque na casa não tinha parede. Ninguém podia fazer pipi, porque pinico não tinha ali. Mas era feita com muito esmero, na rua dos bobos número zero”.
Essa é uma música muito legal de analisar. A merda da casa não tem nada, teto, chão, parede, privada. Ou seja, não é uma casa. É um barraco na Favela da Rocinha, provavelmente onde vivem Valquíria e Washington e seus 7 filhos. E o que diabos significa esmero? Aposto que é uma palavra inventada só para rimar com zero. Aliás, o número da casa é a única coisa que condiz com o resto da música.
Acho que as crianças cresceriam um pouco mais ajuizadas e educadas se essas fábulas e músicas fossem readaptadas para a nossa atual realidade. Depois ainda falam que a má influência é aquilo que assistimos na televisão.

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Meu Momento



Sigo os meus próprios passos
Sigo-os sem pensar no futuro
Sei disso porque sei o que faço
E nunca dou de cara no muro

Quando a última gota cair
Não estarei perto
Porque eu prefiro sorrir
Do que boiar em mar aberto

E se por acaso eu ficar cansado
Lembrarei que sempre terei motivação
Alguém estará ao meu lado
Mantendo as batidas no meu coração

Escuto todo tipo de som
Apenas alguns me atingem
Mas sei quais são ruins e quais são bons
Eles pensam que não sei que eles fingem

Preso neste quadrado de barulho
Sei que o silêncio não vai chegar
Todos esses atiradores de pedregulhos
Esperando para me machucar

Na grande maré da solidão
Nada se destaca
Parece que tudo é em vão
Vozes medíocres e fracas


Não vejo motivo para ficar aqui
Não sinto nem vontade
Quero sair daqui
Que grande dificuldade

Sinto uma imensa fome
Fome de tirar este vazio
Não é gritando um nome
Que acabarei esse desafio

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Imensidão



Através da vasta estupidez humana
Eu vejo o que muitos não vêem
Os velhos macacos atrás de banana
E com eles, o homem das cavernas também

Através da imensa nuvem de ódio
Eu vejo tudo o que os afeta
O estresse causado pelo ócio
Sem curvas, nem desvios, apenas retas

Através da densa floresta de egoísmo
Eu vejo o que para eles interessa
Malditos cultivadores de seus “ismos”
Para os problemas alheios não há pressa

Através da ampla hipocrisia
Eu vejo a impressionante falsidade
Uma vida de mentira, apenas vazia
Eles não conhecem a felicidade

Mas através dessa brisa que me acalma
Percebo que sou o único que me salvo
Tiro de dentro o atma da minha alma
E provo que não sou apenas mais um alvo